O Brasil gerou 2,3 milhões de empregos com carteira assinada nos primeiros 11 meses de 2011, segundo indicadores do governo. Esse aumento no número de oportunidades foi registrado praticamente em todo o território nacional. Apesar dos possíveis questionamentos sobre os impactos da crise europeia na nossa economia, o mercado nacional deve manter aquecido o número de contratações em 2012. Ainda sem um consenso entre os especialistas,(sic) ou expectativas oficiais, o mercado de recrutamento estima que, neste ano, sejam gerados entre 1,8 a 2 milhões de empregos formais.
Isso porque ainda há um grande desafio por parte das empresas brasileiras – independentemente do porte – em recrutar profissionais para setores como tecnologia da informação, engenharia, logística e transportes, construção civil e serviços.
Em uma recente enquete elaborada no nosso site, 45% dos internautas registraram como objetivo para 2012 a mudança de emprego, já que apenas a menor parte deles (6%) está otimista quanto a oportunidades de promoção internamente. Outra grande parcela – 37% – irá se dedicar à melhoria da educação e da qualificação para alcançar novos patamares profissionais.
Tal cenário traz novos desafios para o RH das empresas, que precisarão de mais agilidade e eficácia na seleção e retenção dos candidatos. Não há tempo a perder na busca pelo profissional, especialmente quando a competição entre companhias para recrutar e reter os reais talentos se acirra em um mercado com uma ainda notável falta de qualificação da mão de obra em determinados segmentos. Na fórmula “matemática” de “vender” os benefícios da empresa, deve-se adicionar, a partir de agora, os conceitos reais de qualidade de vida, de proposta de valor da companhia, dos atributos e missão da empresa,(sic) a fim de engajar e motivar os colaboradores.
O famoso quadro na parede da recepção,(sic) ou ao lado do espaço do café,(sic) com aquelas frases cativantes e inspiracionais de como a empresa faz negócio, e de como ela age com os seus funcionários, tem que ganhar vida própria. As mensagens precisam ser absorvidas por todos na corporação. E esse é o lado mais desafiador das companhias. Essa é a oportunidade de crescimento profissional para os departamentos de RH.
Isso porque, do outro lado, os funcionários atuais e potenciais candidatos já estão evoluindo no processo de gerenciamento de suas próprias carreiras. Eles estão justamente fazendo essa análise do que a empresa tem a oferecer e onde há pontos de sinergia entre objetivos pessoais e aqueles entregues no ambiente de trabalho – seja entre amigos e conhecidos que atuam para essas instituições como também via perfis corporativos nos sites e nas redes sociais. Eles estão analisando a fundo as oportunidades. Afinal, já aprenderam que são “mercadoria rara e escassa no mercado”. E a máxima da economia é de domínio popular: onde há grande demanda, o preço sobe.
O preço, nesse caso, não é somente o salário ou benefícios financeiros, mas também se adiciona a essa balança ofertas que permitam equalizar o lado pessoal e profissional do candidato, estilo de gestão, qualidade de vida (há folgas, as metas são absurdas de se bater?, cogita-se a oportunidade de home office?).
Se você, candidato, ainda não tomou a frente do processo de gerenciamento da sua carreira, eu o aconselho a fazer isso o mais rápido possível. Seguir sua paixão está mais fácil em 2012, o mercado está aquecido e as empresas estão adotando novos espaços e ferramentas, como as redes sociais com ênfase em recrutamento e networking, para um processo seletivo mais justo e rápido.
